Ingredientes:

  • Montes de alho francês
  • Montes de talos de acelgas
  • Montes de folhas de acelgas bem cortadinhas
  • Duas latas de atum (para 4 pessoas)
  • Massa quebrada
  • Vários alhos
  • Salsa picada
  • Polpa de tomate
  • Cebola
  • Azeite

Preparação:

  1. Refogar em cebola e azeite o alho francês e os talos das acelgas cortados às rodelas fininhas, acrescentar polpa de tomate e deixar cozinhar durante uns 5 minutos, mais coisa menos coisa.
  2. Temperar com piri-piri, garam sala e sal.
  3. Acrescentar as acelgas e o atum.
  4. Deixar cozinhar mais uns 5 minutos, se tanto.
  5. Enquanto isso, estender a massa e pô-la na tarteira.
  6. Picar os alhos e espalhar por cima da massa.
  7. Fazer o mesmo à salsa.
  8. Bater 4 ovos e um nisquinho de leite.
  9. Deitar este preparado no tacho da legumada e dar uma mexidela.
  10. Deitar tudo na tarteira.
  11. Cozer no forno.
  12. Comer (não há foto porque se comeu depressa demais).
OLYMPUS DIGITAL CAMERA

A sopa é melhor do que a fotografia :).

Ingredientes:

  • Várias cenouras
  • Vários alhos franceses
  • 1 batata grande
  • 5 mãos bem cheias de favas
  • sal q.b.
  • 1 ovo batido
  • aipo e salsa

Preparação:

  1. Pôr uma panela com água ao lume.
  2. Preparar os ingredientes pela ordem acima, sempre em pedacinhos pequenos, para cozer mais depressa e se comer mais depressa.
  3. Atirá-los para a panela à medida que os vamos preparando.
  4. Deixar cozer e pôr o sal durante o processo.
  5. Ralar.
  6. Bater o ovo e acrescentar à sopa.
  7. Mexer.
  8. Desligar o lume.
  9. Picar as folhas de aipo e da salsa e deitar lá para dentro.
  10. Comer!

Cabonde (= “bastante”)

Todo França (= todo janota)

Os dois da vigairada (= duas pessoas que andam sempre juntas)

Apanhei-te a espenujares-te diante dele. (=a exibires-te para ele)

Cavaleiros todos farófias, que não davam a salvação.(De homens que passaram sem cumprimentar ninguém.)

– Nem fum, nem fum e meio. (= Não admito recusas.)

Quanto à língua, cortaram-me a trave ao nascer. (= Sou pessoa que não fica calada.)

Sempre na lidairada. (=Sempre numa azáfama.)

– Que estás a meijengrar? (Talvez: porque estás tão sorumbático? No contexto: por que te demoras?)

Se se porquearam juntos (…) (=Se dormiram juntos.)

Brequefesta (= a confusão)

– Com latim, rocim e florim andarás mandarim.

– Tate, ali arde Troia. (Sobre uma rapariga apetecível.)

– Isto de moça louçã, cabeça vã.

– Outra que venha que rabo tenha. (Responde alguém que se considera injustamente acusado.)

– Mente Marta como sobrescrito de carta.

– Amor por uma fêmea (…) a mim me parece caldeirão de água a ferver sem se queimar chamiço.

– Com ela me deito, com ela me levanto. (De não se conseguir deixar de pensar numa moçoila.)

– Os homens viam-na e ficavam a rinchar. (Por ela ser… apetecível

– Mais puxa moça que corda.

– Roga ao santo até passar o barranco.

– Ora, ora, ronca o mar e mijo nele. (Exprimindo coragem.)

Um cavalo que há de ir à guerra nem corra lobo, nem o abane égua. (Da abstinência sexual antes de uma escaramuça de vida ou morte.)

– Guar-te de homem que não fala e de cão que não ladra.

– A homem ruivo e mulher barbuda de longe os saúda.

– Agora também lhes digo, se o grande fosse valente, o pequeno paciente, e o ruivo leal, a terra seria um pombal.

– Falas de santo, unhadas de gato.

– Não há grande geração sem santo nem ladrão!

– Na arca aberta o justo peca.

– Ninguém mas faz que não entale o rabo.

– Menina, vinha, peral e faval são maus de guardar.

– Tanto ladras que trincas a língua.

– Não há trabalho sem trabalhos.

– Arrieiro, no tarde, chora por arrieiro, nanja por cavaleiro. (Por na velhice nos apetecer voltar a viver a vida que tivemos e não uma melhor.)

– Outra porta, que aqui mora um surdo!

– Se queres aprender a orar, entra no mar.

Mais info:

Garden Washing Sink

Para memória futura.

De pie, cantar
que vamos a triunfar.
Avanzan ya
banderas de unidad.
Y tú vendrás
marchando junto a mí
y así verás
tu canto y tu bandera florecer.
La luz
de un rojo amanecer
anuncia ya
la vida que vendrá.

De pie, luchar
el pueblo va a triunfar.
Será mejor
la vida que vendrá
a conquistar
nuestra felicidad
y en un clamor
mil voces de combate se alzarán,
dirán
canción de libertad,
con decisión
la patria vencerá.

Y ahora el pueblo
que se alza en la lucha
con voz de gigante
gritando: ¡adelante!

El pueblo unido, jamás será vencido,
el pueblo unido jamás será vencido…

La patria está
forjando la unidad.
De norte a sur
se movilizará
desde el salar
ardiente y mineral
al bosque austral
unidos en la lucha y el trabajo
irán,
la patria cubrirán.
Su paso ya
anuncia el porvenir.

De pie, cantar
el pueblo va a triunfar.
Millones ya,
imponen la verdad,
de acero son
ardiente batallón,
sus manos van
llevando la justicia y la razón.
Mujer,
con fuego y con valor,
ya estás aquí
junto al trabajador.

Y ahora el pueblo
que se alza en la lucha
con voz de gigante
gritando: ¡adelante!

– Como se pode ver tanta gente a morrer?
– Não se vê, fecham-se os olhos.

Ontem fui a uma manif contra a troika e a austeridade galopante, etc, vocês sabem. Cheguei um bocado atrasada para não ter de pagar portagens e fiquei aflita. Onde estava a manif? Aveiro não é assim tão pequena. Vi uma colega de trabalho e perguntei-lhe se tinha visto uma manif, espantada disse-me que não, sorrindo até (porque seria?). Uns duzentos metros abaixo dei com a manif, minúscula, mais pessoas a olhar para nós do que manifestantes. E não, as pessoas não tinham todas ido para a praia ou coisa que o valha, estavam era todas (às largas centenas) do outro lado da rua a manifestarem a sua necessidade consumista no centro comercial do centro da cidade.

Deprimida, vim para casa, trabalhar e ver no fakebook como iam as coisas nas outras cidades. A lição que tirei foi a seguinte: afinal os portugueses estão satisfeitíssimos com o modo como têm vindo a ser governados nos últimos vinte anos e, mais ainda, nos anos dos socretinos e dos gasparelhos.  Não saíram de casa mas envolveram-se em protestos mais importantes, é só ver o JN a dizer que houve batalha campal num jogo de futebol de juniores B. Os festivais de verão não tiveram falta de apoteosoes e, pelas principais páginas dos jornais, vivemos no melhor dos mundos possíveis, como diria os senhor Panglass. O sr. Portas tem até a lata de pedir aos professores para não fazerem greve, please. Eu aposto que o favor lhe será concedido e nem era preciso pedir. O Público online, desde que se falou em greve de professores aos exames, lembrou-se de ter a coluna do meio cheia de artigos sobre como fazer exames (como é que eu consegui fazer exames aqui há muitos anos sem esta ajuda?), coincidência, aposto.

Isto tudo para dizer, estou farta, se não se querem manifestar democraticamente, nem na rua, nem em abaixo-assinados, nem em greves, e preferem o murro na mesa do café e ir para casa ver o benfica. Força lá. Não contem mais comigo para fazer as vossas lutas.

para campos de quem não as pagou, por isso matemos as abelhas, Monsanto (etc) dixit. Tem toda a lógica do mundo se acreditarmos, sei lá, no criacionismo.

ver aqui:

http://www.realfarmacy.com/tens-of-millions-of-florida-bees-mysteriously-drop-dead-in-one-day-beekeepers-blame-pesticides/

 

 

como, por exemplo, aqueles em que certas pessoas desaparecem da face da terra, em que parece que passou a ser mais fácil respirar por isso mesmo e em que eu tenho mesmo muita pena que o inferno não exista mesmo. Fica aqui o meu requiem.

 

http://www.horadeacordar.pt/main/home

 

1. A semente é a fonte de vida, é a urgência da vida de dar expressão a si mesma, de renovar-se, de multiplicar-se, de desenvolver-se de forma perpétua em liberdade.

2. A semente é a materialização da diversidade biocultural. Representa milhões de anos de evolução biológica e milénios de evolução cultural e o potencial para milénios de evolução no futuro.

3. A Liberdade das Sementes é o direito que toda e qualquer forma adquire desde nascença e é a base da protecção da biodiversidade.

4. A Liberdade das Sementes é o direito que qualquer agricultor e produtor alimentar adquire desde nascença. O direito dos agricultores de guardar, trocar, desenvolver, cultivar, vender as sementes é o âmago da Liberdade das Sementes. Quando esta liberdade lhes é retirada os agricultores ficam encurralados pela dívida e em casos extremos suicidam-se.

5. A Liberdade das Sementes é a base da Liberdade Alimentar, uma vez que a semente é o primeiro elo na cadeia alimentar.

6. A Liberdade das Sementes é ameaçada pelas patentes sobre sementes, que criam um monopólio de sementes e tornam ilegais a conservação e troca de sementes pelos agricultores. As patentes sobre sementes não se justificam, nem em termos éticos nem em termos ecológicos, uma vez que as patentes são direitos exclusivos concedidos sobre uma invenção. As sementes não são uma invenção. A vida não é uma invenção.

7. A Liberdade das Sementes de diferentes culturas é ameaçada pela Biopirataria e pelas patentes no conhecimento e biodiversidade indígenas. A Biopirataria não é uma inovação – é um furto.

8. A Liberdade das Sementes é ameaçada por sementes geneticamente modificadas, que estão a contaminar as nossas quintas, eliminando assim a opção por alimentos não geneticamente modificados para todos. A Liberdade das Sementes dos agricultores é ameaçada quando, depois de contaminarem as nossas culturas, as multinacionais processam os agricultores por “roubar a sua propriedade”.

9. A Liberdade das Sementes é ameaçada pela transformação deliberada da semente de recurso renovável auto-gerado, em produto não renovável patenteado. Os casos mais extremos de sementes não renováveis são aquelas desenvolvidas através da “Tecnologia Exterminadora”, que foi desenvolvida com a finalidade de criar sementes estéreis.

10. Comprometemo-nos a defender a Liberdade das Sementes enquanto liberdade de evolução das diversas espécies; enquanto liberdade das comunidades humanas de reclamar as sementes de fonte livre como bens comuns.

Para este efeito, guardaremos sementes.
Criaremos bancos de sementes comunitários e bibliotecas de sementes.
Não reconheceremos qualquer lei que de forma ilegítima faça das sementes a propriedade privada das empresas.
E vamos pôr fim às patentes sobre as sementes.

Assina aqui a Declaração sobre a Liberdade das Sementes:
http://seedfreedom.in/declaration/

Tradução do texto da Declaração: GAIA

 Eu até gosto do senhor. É desempoeirado, tem gestos largos, é dos que metem as mãos nos bolsos, dá passadas largas, olha firme e até tira uma cigarrada. Nada do padreca melado e peganhento dos meus tempos de miúdo. Agora, isto do consabido (ainda por cima) «não é com manifestações que…» foi de cabo-de-esquadra. Grosso disparate, vindo da boca de quem promove, aceita e aproveita das mais multitudinárias manifestações que há neste país e que foram precisamente inauguradas, em Fátima, contra o poder político de então. Contra a República. Se eu, que toda a gente sabe que não sou religioso, lhe viesse dizer «não é com romarias que…», não lhe soava a despropositado?

Ainda um dia hei-de escrever umas poucas linhas sobre a Igreja Católica de hoje. Francamente, acho que em toda a sua história, em Portugal, nunca esteve tão bem servida de gente sensata, reflectida e conversável (seguramente com diversos e contraditórios horizontes políticos). Porventura na longa, conturbada – por vezes sinistra – presença do catolicismo em Portugal, terá havido expoentes mais brilhantes, alguns arrasadores, sob o ponto de vista intelectual. Todos percebem o que quero dizer, não vale a pena evocar grandes nomes pristinos. Mas talvez nunca tivesse coincidido um tal conjunto de boa gente, tão serena, preparada, reflectida e capaz de diálogo, como nos dias que correm. Aí incluo o sacerdote que acabo de descompor. Disse um tremendo disparate, agressivo e reaccionário, pronto. Passou. Faz um exame de consciência e há-de ter oportunidade de corrigir.

Às vezes (e aqui uma formação enviesada, infelizmente, ainda pesa…) o infame Syllabus continua a assombrar. E ainda não parece estar teologicamente resolvido o problema dos equívocos do Espírito Santo, quando, num instante malogrado da sua Eternidade (talvez o único…) deixou que fosse eleito, perorasse quando devia estar calado e se abstivesse quando devia ter agido, o papa Pio XII. Tenhamos a caridade de não mencionar tal Bispo de Roma. Rezem por ele os devotos. Mas, de acordo com os conhecidos pressupostos, não creio que as orações adreguem tirá-lo do sítio escarpado em que – suspeito eu – ele se encontra.

Mas isto veio a talhe de foice. Às vezes, convém lembrar. Memento! Mesmo que seja para me assegurar – sem qualquer ironia – de que estes actuais prelados e qualificados sacerdotes há muito rejeitaram o engulho de predecessores seus (apenas mencionei dois, numa contenção de fair-play) que não os ilustram.

E assim, Prezado Senhor Cardeal Patriarca, queira por favor abster-se de apreciações de café que não estão á altura da sua posição. Olhe que o direito de manifestação (que não enjeita para a sua Igreja) é um dos direitos fundamentais, que, juntamente com o de reunião e o de expressão, custou muito a conseguir.

Já agora, para minha tranquilidade e para assegurar o apaziguamento da minha alma céptica (e de muitas outras que, maioritariamente, são do seu credo) gostaria que um dia, quando tivesse oportunidade e tempo, se manifestasse em relação ao Sylabus, item a item. É que este comentário um bocadinho rancoroso contra o direito de manifestação, lançou em mim uma dúvida e sobressaltou entristecidas lembranças.

Afinal estarei eu equivocado, na apreciação benigna que tenho feito destes homens de Deus?

MdC (www.mariodecarvalho.com)

D’uas legoas & meya da Villa de Aveyro para o Nascente, no Bispado de Cqimbra, & Provedoria de Esgueyra, na ladeyra de hum monte está fundada a vila de de Serem, defronte da qual faz sua corrente o rio Vouga, que nas suas inundaçoens lhe visita as ultimas casas, sem lhe entrar dentro; até duas legoas & meya se navega o dito rio em barcos que levaõ sal, marisco, peyxe, & outras cousas de Aveyro para a serra; & trazem madeyras, lenha, frutas, & muita castanha para a dita Villa de Aveyro; com que fica sendo este rio de grande conveniencia para estas terras. Assistem ao seu governo civil dous Juizes ordinarios, Vereadores, hum procurador do Concelho, Escrivao da Camera. hum Juiz dos Orfãos com seu Escrivaõ, outro do Judicial, & Notas, & hum Aleayde. Recolhe algum vinho, milho, & centeyo, & tem boas aguas para curar meadas, & teas. Tem a Villa seis visinhos, & ò Termo setenta, tudo gente pobre, os quaes saõ Freguezes de Saõ Christovaõ de Macinhata do Vouga, que he Priorado rendoso, o apresenta o Marquez de Arronches. Tem esta Villa hum Convento de Frades Capuchos da Provincia de Santo Antonio,’a que no anno de 1635. em 16. de Abril se lançou a primeyra pedra, sendo seu fundador Diogo Soares, do Conselho de Felippe Quarto, & seu Secretario de Estado na Corte de Madrid ; & depois das pazes, estando os bens do fundador na represalia, tirou por sentença o senhorio desta Villa, seu Termo, & da do Prestimo, & o Padroado do Convento seu filho Miguel Soares de Vasconcellos, cuja viuva foy casada com Paulo Carneyro, do Conselho da Fazenda, & Chanceller mor da Corte, & à filha da dita viuva mais velha pertence o senhorio desta Villa & o Padroado do Convento. O seu Termo consta de tres lugares pequenos, & huma povoa |na estrada, que vem de Coimbra para o Porto. Foy esta Villa cabeça de Condado, cujo titulo deu ElRey Dom Joaõ o Quarto a Dom Fernando Mascarenhas, filho de Dom Jorge Mascarenhas, Marquez de Montalvaõ.
in Corografia PORTUGUEZA, E DESCRIPÇAM TOPOGRAFICA do famoso Reyno de PORTUGAL,
COM AS NOTICIAS DAS FUNDAÇOENS DAS CIDADES, VILLAS, & LUGARES,que contém ; Varoens illustres, Genealogias das Familias nobres, fundaçoens de Conventos, Catalogos dos Bispos, antiguidades, maravilhas da natureza, edificios, & outras curiosas observaçoens.
TOMO SEGUNDO
OFFERECIDOAO SEREN1SSIMO REY DOM JOAM V. NOSSO SENHOR.
AUTHOR
O P. ANTÓNIO CARVALHO DA COSTA,
Clerigo do habito de S, Pedro, Mathematico, natural de Lisboa.
SEGUNDA EDIÇÃO.
Typographia de Domingos Gonçalves Gouvea, Rua Nova n.° 45. BRAGA

Estou rendida! Para se perceber a magnitude da rendição é de notar que só gostava do “Nem às paredes confesso” cantado pela Amália, mas fiquei encantada com esta versão. Estive também a ouvir outras coisas e parece-me que a voz  deste homem me vai deixar agarrada 🙂

Obrigada, mais uma vez, à Pilantra.

Paulo Morais chama os bois pelos nomes e apontando o caminho. Alguém o ouvirá?

Diz Todd Akin, membro do Comité de Ciência (!) do Congresso americano, candidato ao senado do seu país e opositor do direito à interrupção voluntária da gravidez, acrescentou que “se alguma coisa falhar [nas formas que o corpo da mulher supostamente tem para resolver a questão] deve haver alguma punição [leve, pois claro, que as mulheres já sabemos o que são: umas provocadoras de impulsos imorais e irracionais nos homens, coitadinhos, tal como os fanáticos islâmicos afirmam há muitos anos], mas uma punição para o violador [e para a provocadora não?] e não um ataque à criança”, também conhecida pela comunidade médica como embrião ou feto.

Chamo finalmente a atenção para a primeira parte do título. “Se for uma legítima violação”, se for uma violação ilegítima (?) o corpo já não tem “formas” para resolver o problema, porque o corpo sabe quando foi legítima ou ilegitimamente violado, logo – sei lá, não sei bem como acaba esta ilógica argumentação.

E será que o senhor é a favor ou contra o direito à interrupção voluntária da gravidez em caso de malformação da criança? Espero que também seja contra ou então eu suspeitaria de defesa da eugenia.

Morrissey: Margaret on the Guillotine

(hoje o wordpress não dá mais do que isto)

Mais informação aqui e aqui.

Núcleo de Albergaria-a-Velha:

“O Cabaz PROVE chega a Albergaria-a-Velha!

As entregas vão decorrer todas as sextas-feiras, das 17h00 às 19h00, no Centro Coordenador de Transportes de Albergaria-a-Velha, loja n.º1.

Desenvolvido pela ADRITEM, em parceria com a Câmara Municipal, o PROVE – Promover e Vender apresenta-se como uma forma de potenciar o escoamento dos produtos e tornar as explorações agrícolas da região mais sustentáveis.

Para mais informações contatar:
934 757 460 (Carla Castro)
encomendas.albergaria@prove.com.pt

FAÇA A SUA ENCOMENDA E CONTRIBUA PARA O SUCESSO DESTA INICIATIVA!”

 

 

Mais dicas no sítio: http://www.no-dig-gardening.org/

 

e aqui também: http://www.no-dig-vegetablegarden.com/

 

O Bairro dos Índios da Meia Praia, situado em Lagos, foi construído imediatamente após o 25 de Abril de 1974 pelas próprias mãos dos seus habitantes que viviam em barracas, no mesmo local, havia cerca de 40 anos. Tratava-se de uma comunidade piscatória, muito pobre e explorada que, com a iniciativa do Arquiteto José Veloso e com o financiamento do estado – através de um programa denominado S.A.A.L. – conseguiu construir as suas próprias casas. Este foi apenas um dos cerca de centena e meia de bairros construídos no âmbito do programa SAAL mas, por qualquer razão, sofreu revezes desde o início, sendo o projeto abandonado, ostracizado, nunca chegando a ser concluído e nem sequer as suas ruas pavimentadas! Outros bairros similares encontram-se hoje em ótimo estado de conservação e são tratados como outro bairro qualquer. Porque razão este há-de ser diferente?

Este bairro é, paradoxalmente, bem mais conhecido que todos os outros. Foi cantado pelo José Afonso no seu tema “Os Índios da Meia Praia” e sobre ele o realizador Cunha Telles fez uma longa metragem denominada “Continuar a Viver”. Talvez por isso se tenha tornado um símbolo da força da união, da solidariedade e do trabalho. E para quem gosta de arrumar tudo em gavetas para depois as poder fechar, conotado com a esquerda ou até com um partido.

Urge ter, para com um símbolo desta dimensão, uma atitude de respeito e de grandeza. Constituiu acima de tudo um marco da nossa história. É assim que deve ser visto, com respeito pelas pessoas que há gerações habitam no local, com respeito pelo nosso passado de luta pela liberdade.

A pressão imobiliária no local é enorme e deve causar incómodo a muita gente que haja pobres a viver com vista para o mar. Aquilo que pedimos é, não apenas que o bairro não seja demolido e apagado da nossa história recente. Aquilo que pedimos é que a este bairro seja restituída a dignidade que marca o carácter de quem o construiu. Que seja conservado e requalificado respeitando o projeto de arquitetura que lhe deu origem! Que seja respeitada a história do nosso país!

Concordas? Então, assina AQUI enquanto ouves ISTO. Se tiveres dúvidas, vê o documentário:

«¿Qué tal si deliramos, por un ratito? Vamos a clavar los ojos más allá de la infamia, para adivinar otro mundo posible:

el aire estará limpio de todo veneno que no venga de los miedos humanos y de las humanas pasiones;

en las calles, los automóviles serán aplastados por los perros;

la gente no será manejada por el automóvil, ni será programada por la computadora, ni será comprada por el supermercado, ni será mirada por el televisor;

el televisor dejará de ser el miembro más importante de la familia, y será tratado como la plancha o el lavarropas;

la gente trabajará para vivir, en lugar de vivir para trabajar;

se incorporará a los códigos penales el delito de estupidez, que cometen quienes viven por tener o por ganar, en vez de vivir por vivir nomás, como canta el pájaro sin saber que canta y como juega el niño sin saber que juega;

en ningún país irán presos los muchachos que se niegan a cumplir el servicio militar, sino los que quieran cumplirlo;

los economistas no llamarán nivel de vida al nivel de consumo, ni llamarán calidad de vida a la cantidad de cosas;

los cocineros no creerán que a las langostas les encanta que las hiervan vivas;

los historiadores no creerán que a los países les encanta ser invadidos;

los políticos no creerán que a los pobres les encanta comer promesas;

la solemnidad se dejará de creer que es una virtud, y nadie tomará en serio a nadie que no sea capaz de tomarse el pelo;

la muerte y el dinero perderán sus mágicos poderes, y ni por defunción ni por fortuna se convertirá el canalla en virtuoso caballero;

nadie será considerado héroe ni tonto por hacer lo que cree justo en lugar de hacer lo que más le conviene;

el mundo ya no estará en guerra contra los pobres, sino contra la pobreza, y la industria militar no tendrá más remedio que declararse en quiebra;

la comida no será una mercancía, ni la comunicación un negocio, porque la comida y la comunicación son derechos humanos;

nadie morirá de hambre, porque nadie morirá de indigestión;

los niños de la calle no serán tratados como si fueran basura, porque no habrá niños de la calle;

los niños ricos no serán tratados como si fueran dinero, porque no habrá niños ricos;

la educación no será el privilegio de quienes puedan pagarla; la policía no será la maldición de quienes no puedan comprarla;

la justicia y la libertad, hermanas siamesas condenadas a vivir separadas, volverán a juntarse, bien pegaditas, espalda contra espalda;

una mujer, negra, será presidenta de Brasil y otra mujer, negra, será presidenta de los Estados Unidos de América;

una mujer india gobernará Guatemala y otra, Perú;

en Argentina, las locas de Plaza de Mayo serán un ejemplo de salud mental, porque ellas se negaron a olvidar en los tiempos de la amnesia obligatoria;

la Santa Madre Iglesia corregirá las erratas de las tablas de Moisés, y el sexto mandamiento ordenará festejar el cuerpo;

la Iglesia también dictará otro mandamiento, que se le había olvidado a Dios: “Amarás a la naturaleza, de la que formas parte”;

serán reforestados los desiertos del mundo y los desiertos del alma;

los desesperados serán esperados y los perdidos serán encontrados, porque ellos son los que se desesperaron de tanto esperar y los que se perdieron de tanto buscar; seremos compatriotas y contemporáneos de todos los que tengan voluntad de justicia y voluntad de belleza, hayan nacido donde hayan nacido y hayan vivido cuanto hayan vivido, sin que importen ni un poquito las fronteras del mapa o del tiempo;

la perfección seguirá siendo el aburrido privilegio de los dioses;

pero en este mundo chambón y jodido, cada noche será vivida como si fuera la última y cada día como si fuera el primero.»

 

(Fanado do blogue pliântrico Abracadabra, sito aqui: http://abracadabra.weblog.com.pt/)

PROTESTO APARTIDÁRIO, LAICO E PACÍFICO

– Pela Democracia participativa.
– Pela transparência nas decisões políticas.
– Pelo fim da precariedade de vida.

MANIFESTO:

Somos “gerações à rasca”, pessoas que trabalham, precárias, desempregadas ou em vias de despedimento, estudantes, migrantes e reformadas, insatisfeitas com as nossas condições de vida. Hoje vimos para a rua, na Europa e no Mundo, de forma não violenta, expressar a nossa indignação e protesto face ao actual modelo de governação política, económica e social. Um modelo que não nos serve, que nos oprime e não nos representa.

A actual governação assenta numa falsa democracia em que as decisões estão restritas às salas fechadas dos parlamentos, gabinetes ministeriais e instâncias internacionais. Um sistema sem qualquer tipo de controlo cidadão, refém de um modelo económico-financeiro, sem preocupações sociais ou ambientais e que fomenta as desigualdades, a pobreza e a perda de direitos à escala global. Democracia não é isto!

Queremos uma Democracia participativa, onde as pessoas possam intervir activa e efectivamente nas decisões. Uma Democracia em que o exercício dos cargos públicos seja baseado na integridade e defesa do interesse e bem-estar comuns.

Queremos uma Democracia onde os mais ricos não sejam protegidos por regimes de excepção. Queremos um sistema fiscal progressivo e transparente, onde a riqueza seja justamente distribuída e a segurança social não seja descapitalizada; onde todas as pessoas contribuam de forma justa e imparcial e os direitos e deveres dos cidadãos estejam assegurados.

Queremos uma Democracia onde quem comete abuso de poder e crimes económicos e financeiros seja efectivamente responsabilizado por um sistema judicial independente, menos burocrático e sem dualidade de critérios. Uma Democracia onde políticas estruturantes não sejam adoptadas sem esclarecimento e participação activa das pessoas. Não tomamos a crise como inevitável. Exigimos saber de que forma chegámos a esta recessão, a quem devemos o quê e sob que condições.

As pessoas não são descartáveis, nem podem estar dependentes da especulação de mercados bolsistas e de interesses financeiros que as reduzem à condição de mercadorias. O princípio constitucional conquistado a 25 de Abril de 1974 e consagrado em todo o mundo democrático de que a economia se deve subordinar aos interesses gerais da sociedade é totalmente pervertido pela imposição de medidas, como as do programa da troika, que conduzem à perda de direitos laborais, ao desmantelamento da saúde, do ensino público e da cultura com argumentos economicistas.

Os recursos naturais como a água, bem como os sectores estratégicos, são bens públicos não privatizáveis. Uma Democracia abandona o seu futuro quando o trabalho, educação, saúde, habitação, cultura e bem-estar são tidos apenas como regalias de alguns ou privatizados sem que daí advenha qualquer benefício para as pessoas.

A qualidade de uma Democracia mede-se pela forma como trata as pessoas que a integram.

Isto não tem que ser assim! Em Portugal e no Mundo, dia 15 de Outubro dizemos basta!

A Democracia sai à rua. E nós saímos com ela.

http://www.facebook.com/pages/15-Outubro/161447463927164
http://www.facebook.com/event.php?eid=139031266184168

… pode ser muito barato e muito agradável,ora veja-se este apartamento de uns amigos meus, belissimamente decorado, como só o Venus as a Boy e su muchacho sabem:

E fica na Rua dos Caldeireiros, em plena Zona Histórica da cidade.

A minha gata Mia, ao contrário de todos os outros gatos que conheço, dorme sempre num sítio diferente. Antes do pequeno-almoço, o grande desafio é descobrir onde dormiu ela a noite. Para além disso, tem um outro talento extraordinário o de detectar, sem margem de erro nenhuma, o local mais quente da casa para dormir… Aqui vai um exemplo:

Comecei a ler o Germinal do Zola agorinha (só agora? ai, ai). Espero que me ajude a recarregar a esperança nos homens, que está mesmo a zero.

Se não ajudar, pelo menos leio dois livros bem escritos em um: o do Zola e o do Beldemónio, que traduz lindamente o livro do primeiro, tão bem que parece que o Zola o escreveu em português :).

A Livreira Anarquista, ou de como só o humor nos pode salvar da loucura


O documentário está na íntegra no Youtube, em postas de 15 minutos. Citando o actual grande líder, é um autêntico murro no estômago.

Finalmente, uma caminhada pela Serra onde nasci!

E que bela é, a mais bela, ah, pois!  Carvalhos, castanheiros, sobreiros, fetos a perder de vista, ainda por cima num dia com alguma chuva e nevoeiro, tornando os verdes ainda mais esplendorosos. A única coisa que estragava a vista eram os viadutos em construção do novo IP4 (ou coisa parecida) pessimamente  integrados na paisagem. Diz que é o progresso, mas eu digo que é a estupidez.

Fui com os Vamos Ali e a Associação “Viver Canadelo e Serra do Marão”, gente muito industriosa e divertida. Até lá conheci um primo, premiado produtor de mel do Marão!

Foi um dia magnífico!

[A má formatação deste post é culpa do wordpress ou da PT, minha não é. ]

Citando Alfredo Costa:
«Se os senhores representantes da Nação mais uma vez nos votarem ao olvido, resta-nos a certeza de que os marmeleiros ainda crescem nos pauis. (…) Sou pelas greves, como sou por todos os meios de resistência empregados pelo fraco, pelo oprimido, em defesa dos seus mais legítimos interesses quando extorquidos pelo forte, arvorado em opressor[…]Sempre que um patife tenta ferir a nossa dignidade ou um ladrão nos quer tirar a bolsa, é dever sagrado atirarmo-nos a ele sem olharmos às forças de que dispomos e às consequências da luta.[…]»

Procurava-se dar uma machadada na carcomida árvore real de sete séculos e Costa trazia o que tinha: a sua inteligência modesta, o seu dinheiro – a sua vida por fim. A República, ou melhor o mundo dos Idealistas, em boa verdade, não pode enjeitar este nome embora morresse em fereza. Depende das vicissitudes duma obra o galardão que a posteridade reserva aos precursores . Assassinos ou Guilhermes Tell, os destinos da República lavrarão a Costa e a Buíça o epitáfio definitivo. O qualificativo, porém, depende do bom ou mau êxito global das Instituições que ajudaram a fundar.

Se Aquilino tiver razão, a julgar pelo esquecimento a que estes dois homens de singular coragem e idealismo foram votados (basta tentar encontrar ruas com os seus nomes), confirma-se que a República, enfim, teve nestes 100 anos muito mau êxito. Claro que já todos havíamos dado por isso, mas este aviso de Aquilino confirma-o. Curiosamente, nomes de políticos republicanos é coisa que não falta por essas ruas afora…

No dia mais quente do ano, sob uma canícula que nem convidava a sair de casa para fora, lá fui eu para a Serra da Arada, com os TocaCaminhar.

Que bem que me soube, que saudades tinha!

“Em verdade o Português nunca aprendeu outra coisa que não fosse rezar. Nunca aprendeu a pensar, nem lhe consentiriam pensar livremente. Jamais lhe cultivaram esta faculdade perigosa, o espírito, no que tem de original e altivo. tanto a Igreja como a Realeza quiseram-no sempre carneiro e nutrindo-se no prados sujo das ideias feitas. À retaguarda, a censura e o Santo Ofício tinham sido os instrumentos perfeitos deste recalcamento e repressão. Uma seara pedagógica que só produz onagros utilitários, inteligências rotineiras e sábios asmáticos implica um terreno preparado, vessado desde longe, de modo a deter o limo e húmus para que só nele possa florescer, medrar, produzir opimos frutos este bamburral, ou melhor, este bomburral lusitano.”

O confessado é Aquilino Ribeiro, na pág.42 do livro com o nome do poste.

Nuno Crato é o novo Ministro da Educação. Será isto uma boa notícia? Quem dera.